Postado por Nitzsche em 07/jul/2020
No final do 1º trimestre 2020, quando sinais de recuperação estavam presentes, fomos surpreendidos pela Pandemia do Corona vírus.
Ela gerou uma crise social de grandes proporções com milhares de desempregados, autônomos sem trabalho e empresas encerrando as suas atividades.
A situação das Finanças Públicas com enormes déficits desde a era Dilma, piorou. Tanto do lado das receitas que caíram como, principalmente, no lado das despesas com programas emergenciais face ao problema social.
O déficit previsto para este ano é enorme, podendo chegar próximo a um trilhão de reais. Este déficit terá que ser financiado com novos empréstimos pelo setor público, ou seja, precisam existir investidores (fundos ou individuais) dispostos a financiar um governo já bastante endividado.
Se houver falta ou insuficiência de investidores, o Governo poderá se ver forçado a oferecer juros mais altos para atrair recursos. São conhecidos os efeitos de um aumento dos juros sobre a taxa de câmbio, o índice de inflação e a atividade econômica.
Somam-se a tudo isto turbulências políticas que não ajudam a criar um ambiente de confiança necessário para financiar o déficit público e atrair os investimentos necessários para a retomada e o crescimento econômico futuro.
Resumindo, temos simultaneamente três crises
Juntos formam o que se costuma chamar de “Tempestade Perfeita”.
O PIB que vinha lentamente se recuperando após o baque de 2015/2016 deverá ter brutal queda em 2020, estimada por uns ligeiramente acima de 6% e por outros perto dos 10%.
Esta queda tem enorme efeito sobre a Demanda Agregada e sobre o Consumo das Famílias. O setor automotivo, embora apresentando algumas características peculiares não deverá ficar imune a isto.
Vejamos o exemplo de 2015 e 2016. O PIB caiu 3,55% e 3,31% respectivamente e os emplacamentos caíram 25% em 2015 e 20% em 2016. Estas perdas não chegaram a ser recuperadas até 2019, vide tabela abaixo.
RETOMADA
Muito tem se falado, discutido e escrito sobre a retomada dos negócios automotivos.
Há os otimistas que argumentam, com razão, que nunca os juros estiveram tão baixos no Brasil o que deverá ajudar na retomada que preveem ser rápida.
Ajuda também, na solução dos problemas econômicos do país o fato de existir, atualmente, uma enorme disponibilidade de recursos no mundo, injetados pelos Governos e Bancos Centrais para minorar os efeitos da crise nos respectivos países.
Já que os juros mundo afora e principalmente nos países mais desenvolvidos são muito baixos, negativos em alguns casos, uma parte dos recursos poderá buscar aplicação mais rentável no Brasil o que dependerá, entretanto, da confiança que vieram a depositar no nosso país. É o binômio Risco x Rentabilidade.
Há os menos otimistas que argumentam no sentido de uma retomada mais lenta. Poderá haver um impulso inicial mais forte uma vez que parece existir uma demanda reprimida.
Na realidade ninguém tem certeza.
Mesmo em relação aos próximos meses, existe um elevado grau de INCERTEZA. Não se sabe como as três crises irão evoluir.
Isto posto, é prudente as revendas se prepararem para enfrentar períodos difíceis e uma recuperação mais lenta dos volumes de vendas.
A prioridade hoje é SOBREVIVER, não operar com prejuízo.
Os que conseguirem atravessar relativamente bem o atual difícil período, irão sair da crise fortalecidos e em melhores condições do que seus concorrentes.
RECOMENDAÇÕES
A Nitzsche Consultoria vem, há tempo, transmitindo várias recomendações aos seus clientes e entre outras tem insistido em:
Estas recomendações continuam válidas e importantes, a maioria dos nossos clientes já as absorveu e está dando, a elas, a devida importância. É assunto abordado pelos nossos consultores na grande maioria das visitas e reuniões sejam presenciais ou virtuais.
Estas recomendações podem, por si só, não ser suficientes para enfrentar a atual situação.
É necessário focar e melhorar a QUALIDADE DA GESTÃO.
Conhecemos, de perto, a qualidade da gestão dos nossos clientes, sua cultura e como ela é praticada no dia a dia.
Ao relacionarmos os resultados dos 50 grupos empresariais que atendemos com a gestão praticada pelo seu corpo diretivo e gerencial, podemos, com segurança, afirmar que existe uma forte correlação nestas duas variáveis (resultado e gestão).
Importantes diferenças nos resultados, mesmo de revendas situadas numa mesma região e operando a mesma marca, somente encontram explicação na qualidade da gestão. O mesmo vale em relação aos setores.
Concluímos assim, que existe espaço para incrementar a Qualidade da Gestão e que isto se torna necessário para enfrentar as atuais adversidades.
QUALIDADE DE GESTÃO é um conceito amplo com forte conotação cultural.
Vai desde o grau de envolvimento da alta direção com o andamento dos negócios até a postura adotada no dia a dia e incluí, a título de exemplo,
Para facilitar o entendimento da Qualidade de Gestão relacionamos abaixo alguns exemplos de fatos que não poderiam acontecer numa empresa bem gerida.
A Nitzsche Consultoria está à disposição para ajudar e dar suporte nesta difícil tarefa de melhorar a gestão e está instruindo a sua equipe de consultores neste sentido.
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